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Aqueles bons tempos de Macau, que já não voltam mais, de peças teatrais com participação de macaenses, são recordadas por Jorge Eduardo (Giga) Robarts na sua página no Facebook.
Com autorização do Giga, as imagens foram copiadas e editadas, inclusive seus textos. Fazem parte do seu acervo, bem como, partilhadas por seus amigos dessa rede social.
(Clicar nas imagens para visualizar em tamanho maior)
Memória 1
As quatro imagens foram publicadas na página do Giga Robarts por Miguel S. Fernandes, com o seguinte texto:
‘DEZASSEIS ANOS ANTES da Dóci Papiacam di Macau, o Teatro D. Pedro V acolhia a revista “Nhum Vêlo”, o último grande espectáculo em Patuá nos dias 10, 11 e 12 de Abril de 1977. A maioria das peças foi elaborada por José “Adé” dos Santos Ferreira, sendo uma da autoria de Jorge Eduardo Robarts.
Iria fazer 16 anos um mês depois e recordo ter assistido os três espectáculos, ávido por mais. O meu fascínio pelo Crioulo nasceu daí.
Agradeço muito ao João Leão por esta relíquia que me chegou às mãos, uma inestimável prenda de Natal!’.




Memória 2
‘Grande festa no glorioso Club de Macau, com a Carmen Miranda e suas bailarinas. Só se ouvia no salão nobre gargalhadas e quanto mais riam nós mais “torcê, torcê rabiósque”. O António Basaloco fazia a apresentação do grupo, enquanto que a lindas mulheres cantavam e dançavam… o Alfredo Ritchie foi a figura principal e o Giga, Armindo, Ernesto, Pedrinho, Guerreiro e Freitas faziam o “four steps dance”. Belos tempos’.


Memória 3
O meu sobrinho Miguel de Senna Fernandes partilhou há dois dias, o programa da Récita ocorrida no Teatro Dom Pedro V no ano de 1977, isto há mais de 43 anos, o que me provocou uma imensa saudade desses belos e longínquos tempos e por isso, fui ao meu arquivo fotográfico para encontrar + pormenores e, entre muitas fotos descobri esta das dez então meninas (hoje todas “cincoentonas”…que publico agora, já que Recordar é Viver. Assim temos as referências do jornal de Turismo de Macau e a foto a cores das graciosas meninas: a 2a a contar da esquerda é a Isabela Lobo, logo a seguir a São Melo Pinto,……. a 5a. é a Paula Fernandes, a de branco a Marina Brito Batalha, logo a seguir a Lurdes dÁssumpção, depois vem a Marília Morais Alves, a seguir a esta Anabela Robarts Guerreiro e finalmente a Isabela Acconci (acho que é ela). Só a 1a. e a 4a. é que não consegui lembrar seus nomes, por mais esforços de memória que fazia. Tenham bom proveito!!! (Giga Robarts)
Comentário do Miguel de Senna Fernandes sobre a primeira imagem: “a primeira figura da esquerda, antes da Isabela Lobo é Augusto “Chupa-Dedo” Robarts“.

Sobre a fotografia a seguir, Giga Robarts comentou que “… fui ao meu arquivo fotográfico para encontrar mais pormenores e, entre muitas fotos descobri esta das dez então meninas (hoje todas “cincoentonas”…que publico agora, já que Recordar é Viver”.


Memória 4
“Hoje é dia de todos os Santos e amanhã é dia de Finados, estou “preso” em casa devido ao Covid-19, portanto, com muito tempo vago … dedico esta foto à minha amiga Luisinha, (Maneiras), cujos pais e irmã + nova estão aí numa reunião de aniversário, isto há mais de 50 anos!!! As senhoras a começar da esquerda = Celestina de Jesus (Conceição); Maria Luiza de Oliveira Rodrigues (Senna Fernandes); Brígida Batalha (Carvalho); Júlia Raimundo (Silva); Maria Raimundo (Gracias); e a menina Ana Maria de Carvalho; Homens = Evaristo de Carvalho; Fernando Gracias; Álvaro da Silva; … Lemos, (diretor dos CTT) e parcialmente o Alberto Maria da Conceição. Estão todos falecidos como manda a Lei da Vida”. (Giga Robarts)


Teatro Dom Pedro V
(fotografias de Rogério P D Luz feitas no Encontro das Comunidades Macaenses – Macau 2010)
(Wikipédia) – Teatro Dom Pedro V (em chinês: 伯多祿五世劇院), situado no Largo de Santo Agostinho, em Macau, é um dos primeiros teatros de estilo ocidental na China, construído em 1860 pelos portugueses residentes no território para celebrar o reinado de seu rei, D. Pedro V. O teatro é neoclássico no projeto, incorporando um pórtico frontal em uma planta retilínea. Marco importante na região, permanece como um local de encontro para eventos e celebrações públicos importantes ainda hoje.
Em 2005, o teatro tornou-se um dos locais do Centro Histórico de Macau a figurar na Lista do Patrimônio da Humanidade da UNESCO.




Muito obrigada pelo maravilhoso Blog…. E sempre agradável passar por Macau virtualmente embora já não viva lá…. Recordar é viver!…
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Eu há anos já tinha afirmado que o trabalho de Rogério da Luz, é um grande e exaustivo trabalho da vida dos Macaenses antigos em Macau, que para mim. que vivi “in loco” nesses relatos, será eternamente inolvidáveis enquanto viver. Eu admiro a sua aturada obstinação em manterem vivas essas recordações. O meu sobrinho Miguel de Senna Fernandes é outro entusiásta que tenta igualmente, manter vivo o linguajar e os costumes do Macau antigo, com as récitas do Dóci Papiáção di Macau. Mas não tenhamos dúvidas. O Patuá continua a esmorecer inexorávelmente. já que “tudo tem seu fim e nada é eterno”. Bem hajam. !!!
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